Motivada, a dupla Bruno Magalhães/Carlos Magalhães chegou às Canárias com a promessa de lutar por um lugar no pódio no primeiro rali da temporada em asfalto puro, onde se exige rapidez do primeiro ao último metro. E os únicos representantes portugueses entre 59 concorrentes tiveram um excelente início, com o quarto melhor tempo nas duas primeiras provas especiais de classificação (PEC) da manhã: “Moya” e “Fontanales”. Todavia, quando o 207 Super 2000 da Peugeot Sport Portugal ocupava o quarto posto à geral e parecia embalado para uma excelente exibição na luta com os pilotos de referência do IRC, um problema de transmissão ao início da terceira especial – “Teror” - fez a equipa perder mais de 20 segundos e poderá ter custado um lugar no pódio final.
Após as três primeiras PEC e percorridos 45,29 km de um total de 137,25 km da primeira etapa, aquele azar atirou a equipa para o sexto posto, a 31 segundos do líder Kris Meeke, também em 207 S2000. Obrigado a recuperar, o português forçou o andamento e à tarde fez uma excelente primeira ronda, sendo por duas vezes o terceiro piloto mais rápido (PEC 4 – “Moya II” e 6 – “Teror II”) e uma vez o quarto melhor (PEC 5 – “Fontanales II”).
Um desempenho que possibilitou à equipa nacional recuperar um lugar ao espanhol Alberto Hevia (em Skoda Fabia S2000) e manter um duelo intenso com o inglês Guy Wilks, então no quarto lugar (também em Skoda Fabia S2000).
Bruno Magalhães: “Foi muito azar. Estávamos muito confiantes e com um bom andamento, mas num rali onde a rapidez é fundamental, aquele problema deve ter-nos custado o objectivo de chegar ao pódio final. Caímos para o sexto lugar, posição que não nos interessava absolutamente nada, por isso fomos atrás do prejuízo. Terminámos esta primeira etapa em 4º, mas esta luta não será fácil… amanhã vai ser um dia muito difícil.”
“Se a posição actual não me agrada, já o andamento que temos neste rali deixa-me bastante mais confiante. O nosso ritmo melhorou muito face aos pilotos de topo do IRC, que, neste caso, não puderam tirar partido do conhecimento prévio de uma prova.”
Qualquer incidente neste tipo de ralis hipoteca um bom resultado… infelizmente para Kris Meeke. Aos comandos do seu 207 Super 2000, o piloto da Peugeot Reino Unido, e campeão em título no IRC, liderou brilhantemente a prova até à oitava classificativa (“Ingenio”), quando já dispunha de uma margem de 17,9 segundos para o checo Jan Kopecky (Fabia S2000).
Logo ao início desta longa classificativa (29,95 km) um furo retirou Meeke da liderança e fê-lo cair para 6º lugar, a 1m,28 seg. do actual líder, Jan Kopecky. Estas acabariam por ser as diferenças no final da etapa, já que a especial nº 9 (“La Atalaya de Santa Brígida”) foi cancelada por questões de segurança devidas ao excesso de público no troço.
Comunicado Peugeot Portugal
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