fonte: ralis.online.pt
Bernardo Sousa entrou disposto a calar alguns dos seus adversários e ao volante de um S2000 "atmosférico" venceu o troço inaugural, comandando nas primeiras especiais de classificação até ao braço de suspensão traseira do lado direito ceder. A reparação foi feita com uma cinta pressa ao chassis do Fiesta e assim andou até final da prova. Tal facto motivou um toque de traseira na 4ª especial de classificação e a perda de algumas posições que o piloto foi recuperando troço a troço até obter uma excelente e merecida vitória final, brindada ainda com a vitória na Power Stage.
Adruzilo Lopes foi o único piloto, para além de Sousa, que conseguiu passar pela liderança, aproveitando e bem, com a sua experiência e andamento, os muitos deslizes dos seus adversários. Sem carro para suster o ataque de Bernardo Sousa, Adruzilo Lopes compreendeu no início da parte da tarde (apesar de uma penalização de 20 segundos) que era melhor um segundo lugar que arriscar algo mais. Sem dúvida uma grande exibição do ex-campeão nacional.
Fabuloso é o 3º lugar e vitória no CPR2 de João Barros. O piloto do Clio S1600 fez uma prova notável, mesmo começando com uma penalização de 30 segundos antes do primeiro troço quando o corta-corrente decidiu não colaborar. O ponto alto desta tremenda exibição aconteceu provavelmente no mais difícil troço do rali, por causa da chuva (a 4ª especial), quando Barros venceu o troço à geral.
Não menos brilhante é o resultado de Diogo Gago, que em Guimarães terminou com a malapata de desistências, mesmo depois de um rali em que teve dificuldades com a muita chuva que caiu.
Esperava-se um pouco mais de Miguel Barbosa, mas atendendo a que veio para Guimarães sem testes no asfalto e sem conhecer os pneus, acabou por fazer uma boa prova, mas em que lutou muito "contra" os pneus para se manter na estrada.
Ivo Nogueira era o espelho da desilusão no final do rali. Sem diferencial traseiro durante quase todo o rali, o Subaru foi um normal tração dianteira. O motor também perdeu muita força, levando o piloto a arrastar-se para obter o 6º lugar final.
Referência para Ricardo Marques e Joaquim Bernardes que lutaram abertamente entre si até ao derradeiro troço, ambos queixando-se muito das condições do asfalto. O piloto do Citroen levou a melhor no derradeiro troço, mas Bernardes também fez esse troço sem notas devido a uma forte indisposição do seu navegador.
Carlos Oliveira não poderia ter escolhido pior momento para estrear o Porsche, devido como é óbvio à chuva. O piloto não arriscou nada nem tirou proveito da muita potência do carro, num carro que exige muita habituação, pelo que o resultado final foi o 9º lugar.
Notas finais para Ricardo Moura que ainda venceu a segunda especial, dando a sensação de que poderia vir a acompanhar Bernardo Sousa, mas viria a desistir no terceiro troço, quando deu um toque de traseira com o Skoda (devido á chuva) que quase arrancou uma roda, deixando o piloto fora de prova.
Também Pedro Meireles acabou esta prova fora de estrada ao início da tarde, depois de uma manhã em que uma demorada troca de pneus, o fez penalizar 50 segundos.
Igualmente por despistes (algo violentos), desistiram José Pedro Fontes e Paulo Neto.
LÍDERES DO RALLY:
Bernardo Sousa (Pec 1 a 3); Adruzilo Lopes (Pec 4 e 5); Bernardo Sousa (Pec 6 a 10)
VENCEDORES DE TROÇOS:
Bernardo Sousa (5); Ricardo Moura (1); João Barros (1); Pedro Meireles (1); Adruzilo Lopes (2)
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