Nascido em Jyväskylä, na Finlândia, Henri Toivonen perdeu a vida num trágico acidente, á exactamente 24 anos atrás, curiosamente, um ano após ter acontecido o mesmo a Attilio Bettega.
Toivonen estreou-se no WRC com 19 anos, na prova do seu país onde viria a desistir ao volante de um Simca Rallye 2, tendo a seu lado Antero Lindquist. Foi um dos pilotos mais espectaculares de todo o mundo e deu um passo em frente na sua carreira quando entrou para a Talbot. O seu problema, era o estilo de condução demasiado exuberante que fazia com que os muitos acidentes não deixassem aparecer os resultados representativos do seu ritmo em prova e que fizeram com que trocasse de navegador por várias vezes.
Numa altura em que ninguém esperava um Toivonen capaz de ganhar o RAC, eis que o rapaz de apenas 24 anos e 86 dias vencia o exigente rally com 4 minutos de avanço sobre Hannu Mikkola. Toivonen tornava-se assim, o mais jovem piloto de sempre a vencer um rali do WRC, um recorde que só viria a ser batido em 2008 por Jari-Matti Latvala.
Em 1982 Toivonen entra na equipa da Opel fazendo equipa com Ari Vatanen, Walter Rohrl e Jimmy Mcrae mas tem dificuldades em adaptar-se ao Ascona 400. No ano seguinte passa a guiar o Manta 400 com mais sucesso mas, com algumas desistências. Nesse mesmo ano, participou no Rally de San Marino ao volante de um Ferrari 308 GTB e ainda em algumas provas de circuito.
Em 1984 esteve para ir para a Peugeot-Talbot mas acabou por ficar na Porsche no Campeonato Europeu de Rallies com a assistência da Prodrive, uma nova preparadora de David Richards. Nesse mesmo ano guiou um 037 pela Lancia em 3 rallies do WRC.
Em 1985 com a Lancia, começa a temporada com um violento acidente no Rally Costa Esmeralda a contar para o europeu. Nesse mesmo ano Henri e Markku Alén perdem o seu companheiro de equipa Attilio Bettega no Tour Course. Depois de recuperar do acidente de inicio de temporada, Toivonen regressou com bons resultados mesmo que o 037 não favorecesse o seu estilo de condução e tivesse muito menos potência que o Peugeot ou o Audi. Ainda nessa temporada, no último rally, o RAC, é estreado o Lancia Delta S4 com o qual, Henri Toivonen ganha a prova com Alén a secunda-lo num carro idêntico.
A temporada de 1986 começa com uma vitória expressiva de Toivonen no Rally de Monte-Carlo. O seu pai havia ganho aquela prova 20 anos antes, agora Henri estreava um novo navegador, Sergio Cresto.
No Rally da Suécia desiste e no Rally de Portugal abandona a prova em prostesto pelas condições do evento, depois do acidente de Joaquim Santos que causou vitimas mortais. Em Portugal Henri aproveita para testar o S4 e numa volta ao Circuito do Estoril consegue uma marca que lhe permitiria obter um 6º lugar na grelha de partida do GP de Portugal em F1 desse ano.
Henri Toivonen estava claramente lançado para um título mundial, quem o poderia parar? No Tour de Corse Henri estava doente com gripe mas insistiu em guiar, depois de não pontuar nos dois últimos eventos. Ele estava exausto e tomava um medicamento para a dor de garganta, sendo dificil manter o Delta S4 em estrada, por ser demasiado potente para um rally como o Tour de Course. Mesmo assim, liderava a prova com alguma vantagem mas no 18º troço, não evitou uma saída de estrada numa curva sem protecção. O Lancia caiu numa ravina e embateu numa árvore que causou uma explosão da qual Henri e Sergio não conseguiram escapar.
Poucas horas depois Jean-Marie Balestre e a FISA decidiram banir os Grupo B para a temporada seguinte. Mais tarde, ficou provado que os Grupo B eram mais rápidos que os reflexos dos pilotos. Henri Toivonen é um dos pilotos de rallies mais conhecidos de sempre, para alguns é mesmo o melhor de sempre. É talvez a vitima mais visivel do Grupo B, que tinha tanto de espectacular como de perigoso...!
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